Levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, estima que em 10 anos, 15% das indústrias atuem com esse conceito
De acordo com a pesquisa 2021 Industry 4.0 Survey, as empresas que adotaram estratégias relacionadas à tecnologia da Indústria 4.0, antes mesmo da pandemia da covid-19, permanecem mais equipadas para lidar com interrupções e devem crescer mais que as concorrentes.
O estudo aponta ainda que, com a superação da crise, 49% das empresas nesse segmento planejam dedicar mais recursos às tecnologias variadas no setor. No Brasil, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ligada ao Ministério da Indústria e Comércio (MDIC), afirma que com a implementação das tecnologias da Indústria 4.0, as empresas e os processos de produção têm uma boa perspectiva de crescimento futuro.
A era da indústria 4.0 vem impulsionando a eficiência nos locais de trabalho, trazendo incentivos para que as indústrias modernas implementem, cada vez mais, novas tecnologias como, por exemplo, a Internet das Coisas (IoT), informa Rafael Jaques Falcão, graduado em Administração de Empresas, com Master of Business e palestrante de temas sobre empreendedorismo com ênfase em e tecnologia.
“O processo vem ocorrendo devido ao uso de sistemas de controle adotados, ou seja, dispositivos físicos como tags de rastreio (de pessoas ou produtos, controle de temperatura, entre outros) os quais possuem sistemas de software embutidos instalados. Essa rede de dispositivos é conectada a nuvem ou ao servidor, e se torna a base da Internet das Coisas”, explica Rafael.
Para essa análise, Falcão diz que é imprescindível a aferição e acuracidade dos indicadores de conformidades e não conformidades. O administrador de empresas lembra que as eficiências acontecem quando não há desperdício, seja de energia, na linha de produção, na paralisação de maquinários, entre outros.
“Os dispositivos IoT regulam automaticamente a capacidade produtiva com base no período do horário de produção. Isso não só economiza energia, mas também diminui despesas operacionais e evita desperdício e desgaste de maquinário”, relata Falcão.
Conforme o especialista, ao se usar indicadores de performance para maquinários em uma indústria é possível analisar o tempo de paradas por máquina, a presença de colaborador junto ao equipamento, a estatística de intervenções por equipamento e a identificação de não conformidade. Assim se tem uma melhor otimização do processo com indicativo de performance e uma eficiência com possível intervenção corretiva.
Um levantamento realizado pela consultoria McKinsey prevê que a utilização da tecnologia da trará uma redução de até 40% na manutenção de equipamentos e de até 20% de energia, além de aumentar a eficiência no trabalho em até 25%. Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a expectativa é de que, em 10 anos, 15% das indústrias nacionais atuem com esse conceito.
Fonte: Terra