Solução baseada na internet das coisas possibilita encaminhar pacientes ao hospital ao detectar piora nos sinais clínicos
O sistema desenvolvido pela startup paulista Biologix inicialmente para diagnosticar e monitorar apneia do sono em ambiente domiciliar, pode ajudar a acompanhar remotamente pacientes com suspeita ou sintomas brandos de COVID-19, e encaminhá-los a um hospital ao detectar a piora nos sinais clínicos.
Sua viabilização foi realizada através do Programa PIPE/PAPPE Subvenção, que reúne recursos dos programas Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, e de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para a inserção de um produto inovador no mercado.
Funcionamento
O sistema é composto por um sensor portátil e sem fio. Ao ser colocado na ponta do dedo indicador da mão, o dispositivo capta os dados de saturação de oxigênio e a frequência cardíaca do paciente.
Os dados são coletados em tempo real por um aplicativo de celular gratuito, disponível nas plataformas Android e IOS. O programa envia as informações para a nuvem e automaticamente para o painel de controle da equipe médica que está monitorando o paciente.
Ao constatar por meio do sistema uma queda na saturação de oxigênio, um dos principais indicadores do agravamento do quadro de COVID-19 que também ocorre na apneia e em que há paradas respiratórias, a equipe médica entra em contato com o paciente ou seu acompanhante.
Se além da queda na saturação de oxigênio e da frequência cardíaca o paciente ou seu acompanhante relatar febre, aumento da dificuldade para respirar, tosse e fadiga, que são os principais sintomas da infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2, são orientados a seguir rapidamente para um hospital.
Além de hospitais, a tecnologia pode ser utilizada por operadoras de saúde e convênios médicos para monitorar não só pacientes com suspeita de COVID-19 ou com sintomas leves, como também para acompanhar idosos e pessoas que integram os grupos de risco de gravidade da doença.
Outras medidas de apoio à Covid-19
A Biologix está incubada no Eretiz.bio. A incubadora de startups na área da saúde do Hospital Israelita Albert Einstein tem em sua rede diversas empresas também apoiadas pelo PIPE-FAPESP que estão desenvolvendo tecnologias voltadas a ajudar no diagnóstico, monitoramento e tratamento de pacientes com COVID-19.
Entre elas estão a Magnamed, que fornecerá 6,5 mil ventiladores pulmonares para o Ministério da Saúde, e a Hoobox, que desenvolveu em parceria com a Radsquare um sistema de detecção de febre a distância.