Novas leis de inovação, polos tecnológicos em todas as regiões e integração, tornam a região um alvo inovativo
Oportunidades não faltam quando o assunto é empreendedorismo e inovação no Paraná. Atualmente, o Estado possui polos tecnológicos em todas as regiões e incentiva cada vez mais a integração entre universidades, setores produtivos e entidades corporativas.
Todas essas iniciativas são promovidas pelo Governo do Estado, com o objetivo de fortalecer o ecossistema de inovação e oferecer uma cultura empreendedora de qualidade. Dentre seus incentivos, dois deles – lançados recentemente – têm ganhado destaque: o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Pacto pela Inovação.
Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação
Entre suas principais medidas, estão: a nova Lei de Inovação (Lei nº 20.541/2021), que surgiu da necessidade de uma legislação interna moderna, assertiva e transparente, designada ao fomento da pesquisa científica e tecnológica, e a Lei de Fundações de Apoio à Pesquisa (Lei nº 20.537/2021), que moderniza a relação entre as universidades estaduais, hospitais universitários (HUs) e instituições de pesquisa científica e tecnológica (ICTs) com as fundações.
Pacto pela Inovação
Projeto criado para percorrer diferentes regiões e divulgar ações, ligar soluções a demandas e amplificar o ambiente de negócios, fazendo com que o Poder Público possa se abrir a iniciativas inovadoras.
Entre outros fatores que contribuem para o fortalecimento e representatividade do Paraná, estão:
Bolsas – O Estado conta com um sistema de apoio aos universitários e pesquisadores de excelência, o que facilita a cultura da inovação. Somente no ano passado, a Fundação Araucária (FA) concedeu um total de 4.380 bolsas, somando R$ 37,9 milhões. Desse montante, R$ 18,6 milhões, equivalente a 49,27%, foram destinados ao fomento da produção científica e tecnológica. Outros R$ 18,6 milhões foram direcionados para formação e qualificação de pesquisadores, contemplando bolsas de iniciação científica e desenvolvimento tecnológico, extensão universitária e inclusão social. Mais R$ 568 mil (1,5%) apoiaram a organização e participação de pesquisadores em eventos científicos e divulgação de trabalhos acadêmicos.
Parques tecnológicos – Em 2019, o Paraná certificou 18 unidades de parques tecnológicos. O objetivo é criar ecossistemas mais unificados e sofisticados para empresas, incubadoras e instituições de pesquisa compartilharem conhecimento, equipamentos e recursos. A partir desse credenciamento, eles também poderão acessar recursos estaduais.
Mercado – Mesmo com a pandemia, o setor privado continua investindo em inovação. Um exemplo claro, é o crescimento do número de startups no Paraná durante este período. De acordo com o Mapeamento das Startups Paranaenses 2022, realizado pelo Sebrae Paraná, o Estado tem 1.956 startups em atividade em 108 municípios do Estado. O dado representa um crescimento de 36,4% na comparação com a edição do ano passado, quando o número de startups atingiu 1.434. No estudo realizado em 2019, eram 1.032 empreendimentos.
Das 28 verticais econômicas analisadas pelo estudo, a que teve mais startups vinculadas foi a AgroTech, com 200 startups que levam a inovação para o campo, sendo 59 novos empreendimentos comparado ao ano anterior. Em seguida vem as verticais: IT & Com tem 193 empresas; Healthtech & Wellness, 140; Edutech, 107; e Construtech, 100 startups.
A capital paranaense como polo de inovação
Com mais de 400 startups, a cidade de Curitiba lidera o ranking atual de inovação do Paraná e está entre uma das cidades brasileiras mais procuradas para novos negócios.
Em 2021, a capital paranaense foi eleita, pelo Ranking Connected Smart Cities, a cidade mais empreendedora do Brasil. O ranking é o maior estudo de cidades do país e tem como objetivo definir os municípios com maior potencial de desenvolvimento.
Além do perfil empreendedor curitibano, a cidade desenvolve diversas iniciativas e segue os pilares voltados para cidades inteligentes. Um exemplo de sucesso é o Vale do Pinhão, ecossistema de inovação de Curitiba criado em 2017, responsável pela maior transformação econômica sustentável e de cidade inteligente da capital, eleito um dos três ecossistemas mais consolidados pelo Prêmio Nacional de Inovação (PNI).
Dentro do seu ecossistema de inovação, as seguintes verticais se destacam: construtech, retailtech, edutech, foodtech e agrotech.
De fato, a capital já garantiu o seu lugar entre as metrópoles brasileiras mais promissoras para novas empresas de tecnologia e contribui com o alto reconhecimento do ecossistema de inovação brasileiro mundo afora. O número crescente de startups e o volume de capital investido em Curitiba, é apenas o reflexo de como o Paraná tem proporcionado um ambiente inovador e disruptivo.