MCTI anuncia volume recorde de investimentos em ciência e tecnologia na Amazônia

Investimentos do projeto “Mais Ciência na Amazônia” totalizam R$ 3,4 bilhões até 2026, destinados a infraestrutura de pesquisa, suporte à inovação, garantia de segurança alimentar e outras iniciativas.

Na última segunda-feira (7), a Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, divulgou o programa “Mais Ciência na Amazônia”, que contará com investimentos de R$ 3,4 bilhões entre 2024 e 2026. Este montante representa o maior volume de recursos já destinados à pesquisa científica na história da região amazônica.

De acordo com a ministra, os fundos serão empregados para revitalizar e fortalecer a infraestrutura de pesquisa, melhorar os sistemas de monitoramento da Amazônia, estimular a inovação e o desenvolvimento de cadeias produtivas, ampliar a segurança alimentar, expandir a conectividade e promover a educação digital, atrair e reter pesquisadores, bem como preservar os acervos científicos.

“O MCTI deseja contribuir ainda mais para a implementação de políticas públicas e investimentos que gerem resultados tangíveis para as populações na Amazônia. Por isso, anunciamos hoje um programa robusto de investimentos em ciência, tecnologia e inovação para a região amazônica”, destacou a ministra Luciana Santos.

O programa Pró-Infra, por si só, receberá R$ 700 milhões para aprimorar, expandir e modernizar laboratórios e infraestruturas de pesquisa em universidades e Institutos de Ciência e Tecnologia. A ministra explicou que o Pró-Infra visa recuperar a capacidade das instituições para produzir ciência de excelência e tecnologia avançada, impulsionando o crescimento nacional, reduzindo disparidades regionais e promovendo a geração de emprego e renda.

Outros investimentos contemplarão a promoção da inovação em setores estratégicos para a reindustrialização sustentável e baseada em tecnologia (R$ 800 milhões), bem como o desenvolvimento de novos satélites de sensoriamento remoto para monitoramento amazônico, incluindo o CBERS 6, que possui tecnologia SAR permitindo monitoramento em quaisquer condições climáticas.

A ministra também ressaltou o investimento de R$ 500 milhões no Pró-Amazônia, um programa concebido para ampliar a compreensão da biodiversidade e fomentar o desenvolvimento de tecnologias e práticas econômicas inovadoras, com o objetivo de sustentavelmente explorar os recursos naturais da região.

Outros aportes estão previstos para expandir e disseminar infraestruturas digitais, capacitar em termos digitais escolas e comunidades em situação vulnerável, repatriar talentos e digitalizar e preservar acervos.

“Por fim, nossa intenção é apoiar a agricultura familiar por meio da promoção da comercialização e inclusão socioeconômica das comunidades tradicionais. Nossa meta é desenvolver soluções para desafios científicos e tecnológicos, agregar valor aos produtos e gerar desenvolvimento e renda para as populações tradicionais”, concluiu Luciana Santos.

“Este é um anúncio que os bancos não conseguem fazer porque são recursos não retornáveis. Aqui, a Finep e o MCTI anunciam recursos transversais para a ciência da Amazônia. São conjuntos de ações que o Ministério fará por meio da Finep e do FNDCT que não retornarão para os cofres públicos diretamente, mas vão retornar para o bem-estar social, desenvolvimento social e combate à fome”, afirmou o presidente da Finep, Celso Pansera.

“Esse anúncio do governo federal reforça o papel da ciência para o desenvolvimento do país. Este é um momento muito importante para todas as pessoas que fazem ciência na Amazônia e no Brasil”, acrescentou o reitor da Universidade Federal do Pará, Emmanuel Tourinho.

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