Em junho de 2021, a confiança aumentou em 29 dos 30 setores da Indústria analisados pela instituição
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) – Resultados setoriais registrou, em junho, o segundo mês consecutivo de confiança disseminada entre toda a indústria. O indicador subiu em 29 dos 30 setores analisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica na CNI, a consolidação de uma confiança mais alta, disseminada por toda a indústria, é importante, pois aponta para um segundo semestre positivo. Ele destaca que, empresários confiantes tendem a produzir, contratar e investir mais.
Entre todos os setores, houve queda de confiança em apenas um deles: outros equipamentos de transporte (-1,1 ponto). Mesmo com declínio, o índice permaneceu em 57,6 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos, sendo o ICEI variável entre 0 a 100.
Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário e quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança.
Entre os setores mais confiantes, estão: Químicos (Exceto HPPC); Máquinas e equipamentos; Metalurgia; Produtos de borracha e Biocombustíveis.
Segundos analistas, a indústria deverá alcançar um comportamento mais homogêneo nos próximos meses. “Esperamos uma acomodação dos setores que saíram muito na frente e uma convergência maior ao longo do segundo semestre de 2021, com as pessoas consumindo menos bens e voltando a consumir serviços à medida que avança a vacina”, diz Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria. Ela aponta que setores que dependem mais da mobilidade, como vestuário e calçados, podem reagir de forma mais expressiva.
Um dos segmentos que mais se destaca conforme desempenho é o de máquinas e equipamentos. Em abril, a produção superava em 21% o nível de fevereiro de 2020.
Cristina Zanella, diretora do departamento de economia e estatística da Abimaq – Asssociação de Empresas de Máquinas e Equipamentos, afirma que essa indústria tem sido puxada não somente pelo agronegócio e pela construção civil, mas também pelas barreiras impostas por fornecedores internacionais durante o período mais crítico da pandemia e pela depreciação cambial, que deixou o produto nacional mais competitivo.
“Essa conjuntura fez a participação do produto nacional no mercado interno aumentar dez pontos percentuais, para 53%”, afirma Zanella. As exportações, que caíram em 2020, voltaram a crescer neste ano.
Fontes: CNI e Valor Econômico