Relatório da CNI aponta que, entre as fraquezas do Brasil estão a formação bruta de capital, facilidade para abrir uma empresa, facilidade para obtenção de crédito e taxa tarifária aplicada
Mesmo com avanço em relação ao ano passado para este, o Brasil ocupa a 57ª posição quando se trata de inovação, num ranking integrado por 132 nações. O país ganhou cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) em comparação a 2020.
Especialistas alertam que a colocação brasileira ainda é considera ruim, tendo em vista que o país ainda está 10 posições atrás da que ocupava em 2011, quando teve seu melhor resultado no levantamento, atingindo o 47º lugar.
O Índice Global de Inovação é calculado a partir da média de cinco pilares (Instituições, Capital humano e pesquisa, Infraestrutura, Sofisticação de mercado e Sofisticação empresarial) do subíndice Insumos de inovação e dos dois pilares (Produtos de conhecimento e tecnologia, e Produtos criativos) do subíndice Produtos de inovação, distribuídos em 81 indicadores.
Entre os países da América Latina e do Caribe, o Brasil está em 4º lugar, atrás do Chile, do México e da Costa Rica. Em relação aos países do BRICS (grupo dos emergentes), o Brasil está em penúltimo, à frente somente da África do Sul, em 61º lugar no ranking geral.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), uma das responsáveis pela pesquisa, o desempenho brasileiro na área de inovação deixa a desejar, visto que, entre as principais fraquezas, a confederação destaca a formação bruta de capital (que mede o volume de investimento produtivo), a facilidade para abrir uma empresa, a facilidade para obtenção de crédito e a taxa tarifária aplicada.
A CNI ainda avalia que “a colocação brasileira é incompatível” com o tamanho do país, que tem a 12ª maior economia do planeta.
Robson Andrade, presidente da CNI, afirma que os investimentos em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) são fundamentais para que o país avance e sua indústria seja competitiva no cenário internacional. Ele acrescenta que, o país carece e muito de políticas de incentivo à inovação e tem sofrido cada vez mais com cortes do financiamento público à agenda de CT&I.
Dados recentes da Unesco mostram que o Brasil investe apenas 1,15% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento, enquanto países como a Suíça e Suécia, que estão em primeiro e segundo no ranking de inovação, investem 3,2% e 3,1% de seu PIB, respectivamente. Os Estados Unidos, em terceiro, investem 2,7%.
Nesse contexto, vale ressaltar a forte queda que a área de desenvolvimento científico (na qual entram subsídios a auxílio estudantil, apoio financeiro a pesquisadores, entre outros fatores) registrou nos últimos anos.
Onde está o crescimento
Segundo o comunicado publicado pela CNI, um dos fatores que levaram o Brasil a uma melhor colocação em relação ao ano passado foi a retração do PIB, “o que dá uma falsa percepção de avanço em razão do uso dessa medida relativa em alguns indicadores”. A confederação destaca que, apesar da redução de empregados, o PIB foi reduzido drasticamente, dando a falsa impressão de maior produtividade.
Outra razão passa pela inserção de novos indicadores no ranking e a boa atuação empresarial, refletida no desempenho em indicadores como produtos de alta tecnologia e valores recebidos por uso de propriedade intelectual.
Por fim, a CNI ressalta que o uso de dados de outros anos e o plano de combate ao backlog (indicador de atividades pendente de finalização) de pedidos de patentes também podem ter contribuído para o ganho de colocações.
O Brasil continua a ter melhor desempenho em insumos de inovação do que em resultados de inovação, ocupando o 56º lugar (59º em 2020) e 59º (64º em 2020), respectivamente.
Fonte: CNI
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