Valor desembolsado para as empresas representa uma alta de 27% em relação a 2019
De acordo com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, o banco teve um desempenho bem robusto e um papel crucial em ações para o enfrentamento da pandemia que atinge a economia brasileira.
A ação total do BNDES, desde a linha de frente de combate à covid-19 até a saúde financeira de empresas do setor, somou R$ 155,4 bilhões. Com esse valor atualizado até março, foi possível ter 1,7 mil equipamentos médicos, 2,9 mil leitos dedicados à pandemia e quatro milhões de testes diagnósticos para a covid-19.
Outra área evidenciada pelo presidente do BNDES foi o apoio do banco às pequenas e médias empresas, que, pela primeira vez na sua história, ofereceu em 2020 mais recursos para pequenas e médias empresas do que para as grandes.
Montezano destacou a atuação na área de saúde, considerada por ele como inovadora, com medidas emergenciais que permitiram a compra de equipamentos, luvas, álcool em gel e, mais recentemente, de oxigênio para atender às necessidades das unidades de atendimento a pacientes com a covid-19.
O banco registrou lucro líquido de R$ 20,7 bilhões em 2020, mesmo frente à pandemia da Covid-19. O valor representa uma alta de 17% em relação ao lucro de 2019: R$ 17,7 bilhões.
No último trimestre de 2020, o BNDES registrou lucro líquido de R$ 7,0 bilhões, que de acordo com a instituição, representa um desempenho fortemente influenciado pelo resultado de participações societárias, principalmente as alienações de ações de Suzano e Vale, cada uma contribuindo com um lucro líquido de R$ 2,4 bilhões.
Desembolsos
Em 2020, os desembolsos do banco totalizaram R$ 64,9 bilhões, o que significa um aumento de 17% frente a 2019. O financiamento a comércio e serviços subiu 66% na comparação com o ano anterior e atingiu R$ 10,3 bilhões, puxado pelas medidas anticíclicas de combate à crise da covid-19.
A infraestrutura também teve destaque com R$ 24,8 bilhões em desembolsos, sendo R$ 15,8 bilhões para os subsetores de energia e R$ 5,9 bilhões para os transportes rodoviário e ferroviário. Os dois lideraram os volumes de operações.
Patrimônio líquido
O patrimônio líquido do BNDES aumentou de R$ 104,8 bilhões ao fim de 2019, indo para R$ 113,0 bilhões em 31 de dezembro de 2020. O lucro líquido de R$ 20,7 bilhões foi atenuado pelo ajuste negativo de avaliação patrimonial, particularmente de participações societárias em não coligadas e pelo registro dos dividendos mínimos obrigatórios de R$ 4,9 bilhões.
Inadimplência
A inadimplência acima de 90 dias caiu de 0,84% em 31 de dezembro de 2019, desconsideradas as operações com honra da União, para 0,01% em 31 de dezembro de 2020. Segundo o BNDES, o patamar é equivalente ao de 2013 e ficou abaixo da média do sistema financeiro (2,12% em 31 de dezembro de 2020).
Fonte: Agência Brasil