Fita diagnóstica a base de anticorpos produzidos por peixes permite gerar testes cinco vezes mais baratos que os atuais
O aplicativo que utiliza o zebrafish, conhecido como “peixe paulistinha”, foi desenvolvido pela equipe liderada pelo pós-doutorando do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP Ives Charlie da Silva, com o objetivo de gerar testes para a covid-19 cinco vezes mais baratos que os atuais escala para que as pessoas pudessem adquirir em farmácias e fazer em casa
Durante o experimento realizado por sua equipe, uma proteína do novo coronavírus foi aplicada no peixe. O animal gerou anticorpos que foram passados para seus ovos após serem colocados para reproduzirem, e esses anticorpos foram usados para fazer uma fita diagnóstica. Cada fita possui um QR code para ser lido no aplicativo que dá, rapidamente, o resultado: positivo ou negativo para covid-19.
A inovação resultou na premiação da equipe com o terceiro lugar no Global Virtual Hackathon COVID19, competição internacional que premiou ideias inovadoras referentes ao novo coronavírus.
O grupo concorreu entre mais de 600 projetos de 40 diferentes países, e o projeto conta com o ICB em colaboração com outras universidades e instituições.
Mas porque o zebrafish?
Segundo o pesquisador, o zebrafish é um ótimo modelo animal para desenvolver anticorpos contra o novo coronavírus pensando-se em escala global. O animal adulto possui até 5 centímetros de comprimento, o que otimiza o espaço para sua criação. Isso faz com o custo do teste seja reduzido em cinco vezes. Outro ponto levantado por Ives Charlie é o fato de que o peixe não precisa ser abatido para a aquisição desses anticorpos.
Funcionamento do aplicativo
Charlie explica que a pessoa utilizaria um swab (haste flexível) para coletar saliva e colocaria na fita diagnóstica para reagir com os anticorpos de covid-19. Para obter o resultado, ela abriria o aplicativo e leria o QR code da fita.
Com o aplicativo é possível fazer o monitoramento por georreferenciamento das pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus a partir da localização. Além disso, órgãos de saúde pública também são notificados. O aplicativo também faz um acompanhamento, através de perguntas, dos principais sinais clínicos da doença, como tosse e febre, por 14 dias.
“Um dos nossos diferenciais é este: o governo ou uma agência sanitária será informada. Hoje, o Ministério da Saúde tem que ficar ligando para as pessoas com sinais clínicos da doença. No aplicativo, a pessoa mesma pode ir informando”, ressaltou Ives Charlie.
Próximos passos
O teste se mantém em fase de validação. Atualmente a equipe está trabalhando para quantificar a concentração de anticorpos necessária para fazer o mapeamento de quantos peixes serão necessários para produção em escala global.
Em colaboração com o Centro de Estudos em Doenças Inflamatórias (CRID) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, amostras dos Zebrafish imunizados com a proteína da covid-19 foram enviadas para o grupo liderado pelo professor Thiago Cunha para estudar os parâmetros de neuroinflamação causada pela doença.
Entendemos que os projetos de PD&I são indispensáveis no processo de minimização dos efeitos promovidos pelo Covid-19.
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