Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual traz avanço para agenda de inovação do país

Iniciativa lançada pelo Ministério da Economia pretende que até 2030 a contribuição direta de setores produtivos intensivos em propriedade intelectual ao PIB do Brasil supere o percentual de 30%

O Ministério da Economia lançou em 2020, durante o evento em comemoração aos 50 anos do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), autarquia federal responsável pelo desenvolvimento de ações previstas na Lei 5.648/1970 – conhecida como Lei da Propriedade Industrial, a Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual (ENPI).

A iniciativa busca estabelecer um Sistema Nacional de Propriedade Intelectual eficaz, que estimule a criatividade e os investimentos em inovação para promover a competitividade e o desenvolvimento socioeconômico brasileiro. Com foco no período de 2021 a 2024, traz planos temáticos para os anos de 2021 a 2022 e utiliza uma dinâmica semelhante ao que já existe na Estratégia Nacional em Ciência, Tecnologia e Inovação.

A ENPI tem duração prevista de 10 anos e pretende que até 2030 a contribuição direta de setores produtivos intensivos em propriedade intelectual ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil supere o percentual de 30%; que o percentual de empresas inovadoras que se utilizam de algum método de proteção para a inovação alcance os 80%; e, que o Brasil figure entre as 10 nações com maior número de pedidos depositados para proteção de direitos de propriedade intelectual.

Em 26 de julho de 2021, o Governo Federal publicou a Resolução CI Nº 1  que aprova a Estratégia Nacional de Inovação e os planos de ação para cinco eixos de atuação:  Fomento, Base Tecnológica, Cultura de Inovação, Mercado para Produtos e Serviços Inovadores e Sistemas Educacionais.

A Estratégia abrange mais de 210 ações, divididas em sete áreas: Propriedade Intelectual para a Competitividade e o Desenvolvimento; Disseminação, Formação e Capacitação em PI; Governança e Fortalecimento Institucional; Modernização dos Marcos Legais; Observância e Segurança Jurídica; Inteligência e Visão de Futuro; e Inserção do Brasil no Sistema Global de PI.

Dentre as 210 ações previstas na Estratégia, o Plano de Ação do biênio 2021-2023 elencou 49 que deverão ser priorizadas por órgãos como alguns dos Ministérios, entre eles, o da Economia, da Ciência, Tecnologia e Inovações, e da Justiça e Segurança Pública, além do próprio INPI e do Sebrae. Entre as metas previstas no Plano, estão:

  • Incremento anual nos pedidos: 13% patentes de nacionais; 31% de marcas; 15% de desenhos industriais; 16% de IGs e 20% de programas de computador;
  • Capacitação de 3.000 profissionais e 1.500 empresas em estratégia de PI para negócios e inovação;
  • Eliminação de 80% do backlog de patentes depositadas até 2016 e desenvolvimento e implementação de programas contínuos para manter os níveis alcançados;
  • Revisão das normas relativas ao registro, averbação e tributação de contratos de transferência de tecnologia, bem como de licenciamento e cessão de direitos de propriedade intelectual;
  • Adesão ao Tratado de Budapeste (materiais biológicos) e ao Acordo de Haia (desenhos industriais).

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicou recentemente o apêndice teórico da Estratégia, dividido em duas grandes vertentes: uma dedicada a gerar subsídios para a tomada de decisão, que envolveu a elaboração de conteúdos técnicos para embasar a formulação da Estratégia Nacional de Inovação e dos Planos de Inovação. Outra, composta pelas iniciativas de articulação em apoio à implementação das Estratégias de Inovação.

Sabemos que a inovação depende de forma decisiva da ação de um Estado empreendedor e planejador do futuro. A partir de medidas como a Estratégia Nacional de Inovação, há possibilidade da atuação conjunta de empresas com o governo e desenvolvimento de novas iniciativas tecnológicas, capazes de revolucionar o ecossistema.

A G.A.C. Brasil trabalha com soluções que podem assessorar no processo de inovação da sua empresa. Contamos com uma equipe dedicada, pronta para atendê-lo (a) e oferecer o serviço mais adequado às necessidades do seu negócio.

Entre em contato conosco e saiba como aumentar o seu potencial inovador:

Telefone (11) 4858-9350   WhatsApp (11) 9-9221-9019

E-mail contato@site.innow.com.br

Facebook
Twitter
LinkedIn
Email

Artigos em Relacionamento

Empresas beneficiadas pela Lei do Bem investiram R$ 35 bilhões em pesquisa e inovação em 2022

Lei do Bem: Investimentos em Pesquisa e Inovação atingem R$ 35 Bilhões em 2022

A Lei do Bem, principal instrumento de incentivo à pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) no setor privado brasileiro, registrou um marco significativo no ano de 2022. De acordo com dados divulgados durante a Rio Innovation Week pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, as empresas beneficiadas pela Lei investiram expressivos R$ 35,1 bilhões

Na América Latina, Brasil se destaca como líder em inovação

Na América Latina, Brasil se destaca como líder em inovação

País subiu 5 posições no Índice Global de Inovação em comparação ao ranking de 2022 e agora ocupa o 49º lugar entre 132 países O Brasil avançou cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) em comparação com o ranking de 2022, alcançando o 49º lugar entre 132 países. Após 12 anos fora do grupo

FAPESP abre oportunidade de investimento em inovação com nova chamada

FAPESP abre oportunidade de investimento em inovação com nova chamada

Edital integra um conjunto de ações da Fundação com o propósito de apoiar as pequenas empresas de base científica e tecnológica apoiadas pelo PIPE a atrair investidores de diferentes perfis A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) lançou uma chamada pública dirigida aos Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) do

pt_BRPortuguese
Rolar para cima
Rolar para cima